Forte da Bela Vista em festa

A 2ª edição do “Sabores do Bairro” terminou ontem, já de madrugada, na rua Forte da Bela Vista, onde se reuniu uma pequena multidão, maioritariamente composta por moradores daquele bairro.

A festa, organizada pelos próprios moradores, com o apoio da Junta de Freguesia de S. Sebastião e da Câmara Municipal, arrancou no dia 14, pelas 18 horas, com a atuação do Grupo Olodum do Agrupamento de Escolas Ordem de Santiago, seguida do Cante Alentejano do Grupo Coral Amigos dos Sadinos.

Com o avançar da hora, os estômagos começaram a pedir sustento e logo as atenções se viraram para o assador e a pequena zona de refeições, onde, além das deliciosas febras e entremeadas na brasa, foram também servidos pratos típicos de duas culturas existentes no bairro: a cigana e a africana.

Os pratos de cachupa (carne, milho, feijão), tradicional de Cabo Verde, “voaram” da panela, tal como o “casamento cigano” (carne, batata e tempero tradicional), assim apelidado por ser servido habitualmente nessas celebrações. Ambas as iguarias foram confeccionadas por orgulhosas matriarcas, representantes da diversidade cultural do bairro do Forte da Bela Vista.

A diversidade esteve patente também na animação musical durante os dois dias do evento, com, por exemplo, o Grupo Musical Ciganitos, composto por jovens daquele bairro; a música africana de Tequilla; o rap dos Flow Boys e de Dhakilla Mastah; as fadistas Lena Silva e Maria Madalena; cantores populares como Jorge Nice e António Serrano; o Grupo Coral Alentejano Os Amigos do Independente, que também protagonizou momentos à capela; o Grupo Cantares do Sado e o Grupo de Cantares Populares de S. Sebastião; além de jovens promessas como Yúri Fonseca e Sérgio Lota.

“Este ano quisemos trazer mais coisas típicas de Setúbal para o bairro, para as pessoas conhecerem, como o fado, os grupos corais e os bailes que foram muito bem recebidos pelos moradores”, expressou Aline dos Santos, uma das jovens responsáveis pela organização.

Nesta edição destaque ainda para a recitação de poesia, com João Faleiro Paixão e Luís Filipe Estrela, e para o teatro, com o Teatro do Elefante a realizar apontamentos cénicos e o Grupo de Animação e Teatro Espelho Mágico a homenagear Elmano Sadino com “O Mundo Fabuloso de Bocage”, um musical criado para as comemorações dos 250 anos do nascimento do poeta.

Embora esta festa tenha sido criada para unir os moradores e “fazê-los perceber que juntos conseguimos fazer coisas diferentes no nosso bairro”, a organização também tem gosto de receber visitantes, “para que não tenham medo e estejam à vontade para entrar no bairro”, esclarece Aline dos Santos.

Para esta responsável, a evolução do interesse e da participação ativa dos moradores tem sido notória, algo que esteve patente no número de pessoas interessadas em ter um stand na festa, para vender alguns produtos como sandes de choco, bifanas, gomas e pastilhas. Além disso, esta iniciativa, entre outras, no âmbito do programa “Nosso Bairro, Nossa Cidade” tem, no entender da jovem, “conquistado a confiança dos moradores” e contribuído para a coesão do bairro.

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