S. Sebastião Acordeon Fest enche sala do Independente

Integrado no programa do Dia Mundial do Acordeão, o II Festival Internacional de Acordeão de São Sebastião – S. Sebastião Acordeon Fest, que decorreu no dia 6 de maio, contou com atuações de uma dezena de acordeonistas, que encheram de público a sede do G.D. Independente.

Um dos momentos altos do evento, organizado pela AAP – Associação de Acordeonistas de Portugal e pela Junta de Freguesia de S. Sebastião (JFSS), em parceria com a Mito Algarvio – Associação de Acordeonistas do Algarve e a Confederação Internacional de Acordeonistas, com o apoio da Câmara Municipal, foi a homenagem prestada pelo presidente da JFSS, Nuno Costa e pelo presidente da direção da AAP, Nuno Soares, a Manuel Ramos Patrício, sócio fundador da AAP e do Instituto Musical Patrício, a quem ofereceram singelas lembranças.

Uma comunicação de Hermínio Duarte-Ramos, professor jubilado, co-fundador da Universidade Nova de Lisboa e amigo de longa data do homenageado, recordou alguns momentos da vida do acordeonista e do seu precoce interesse pelo acordeão e pela música, que o levaram, mais tarde, ao estudo das ciências musicais. “Surpreendeu-me a sua dedicação apaixonada ao ensino da música, particularmente ao acordeão”, revelou o amigo, enaltecendo Ramos Patrício como “um exemplo de um homem que veio do campo para a cidade e se tornou artista, pela construção de obra no âmbito da ‘cienciarte’ (ciência e arte) da música”.

Emocionado, Ramos Patrício expressou a sua alegria “por ter amigos que reconhecem o trabalho que se faz com o acordeão, instrumento que abracei desde os 8/ 9 anos”. O professor afirmou estar igualmente feliz pelo facto do seu ex-aluno, Nuno Soares, estar atualmente à frente dos destinos da AAP, saudando “quem, durante os últimos 24 anos, fez este percurso comigo”.

Foi exatamente o homenageado que abriu o palco, com “Onde é que existe um rio azul igual ao meu…?”, seguido de dois duetos: um com a sua jovem aluna Nicole Viviane, momento que interrompeu para a eles se juntar o saxofone do Maestro José Martins, e outro com Nuno Soares.

O presidente da Junta de Freguesia salientou o trabalho realizado nos últimos quatro anos na dinamização da atividade em torno do acordeão, “alicerçado no empenho das coletividades da freguesia e no financiamento por parte da JFSS”. A realização do Festival do Acordeão, pelo terceiro ano consecutivo, aliada ao atual pleno funcionamento da Associação de Acordeonistas de Portugal, com sede na freguesia, foram salientados por Nuno Costa, que apontou objetivos para o futuro. “Queremos incrementar a atividade em torno do acordeão, com a crescente autonomização da AAP”, revelou o autarca, sublinhando a disponibilidade para “continuar ao vosso lado, como parceiros”.

Igualmente com os olhos postos no futuro, Nuno Soares adiantou que em maio de 2018 realiza-se mais uma edição do Festival de Acordeão de S. Sebastião, e, aproveitando a presença do vereador da Câmara Municipal, solicitou a cedência do Fórum Municipal Luísa Todi para terminar as próximas comemorações do Dia Mundial do Acordeão, em Setúbal.

O vereador Pedro Pina anuiu ao pedido e manifestou que “com certeza a Câmara Municipal terá todo o gosto em que a edição de 2018 encha a sala do Luísa Todi e cá estaremos de portas abertas”. O responsável saudou a JFSS, que, “continua a acreditar que a forma de participar na cidade e torná-la mais bonita é a construir momentos como este, trabalhando em conjunto com as instituições e as pessoas”.

Após os discursos, o espetáculo prosseguiu com um momento muito animado, protagonizado por Michel de Roubaix, artista considerado o pai do sapateado em Portugal. Tocando o acordeão e fazendo sapateado em simultâneo, iniciou a atuação junto à plateia que ia trauteando a melodia e acompanhando com palmas ritmadas. Numa das ocasiões mais divertidos do espetáculo, o artista convidou quatro autarcas ao palco: o vereador Pedro Pina e os presidentes das Juntas de Freguesia de S. Sebastião, Sado e Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra que foram tentando reproduzir os passos de dança que o bailarino ia ensinando.

O acordeonista Mário Caeiro, de Fernão Ferro, dedicou a sua atuação a Ramos Patrício. “Não há palavras que exprimam a consideração e amizade que sinto por si, que foi o meu primeiro professor de acordeão”, afirmou o músico, antes de chamar ao palco o seu antigo mentor e, num dueto improvisado, interpretaram três composições da autoria de Ramos Patrício.

Seguiu-se a atuação de Tiago Inácio, jovem acordeonista de 22 anos, oriundo do Barreiro, que ganhou o prémio do público no último certame e que irá representar Setúbal e o Festival de Acordeão de S. Sebastião no 2º Troféu Regional de Acordeão João César, em Portimão, em agosto deste ano, a convite da organização.

Com apenas 16 anos, Pedro Ivan, de Olhão, “deu baile” à assistência com um repertório eclético onde se destacaram um fado e um corridinho algarvio. Do Algarve, viajámos para a Lourinhã, com Rodrigo Maurício, seguido da setubalense Nicole Viviane. Ao Duo Mário Paulo e João Costa, respetivamente pai e filho, de Torres Vedras, coube encerrar o espetáculo, de entrada livre, que contou com os apoios do anfitrião G.D. Independente, da Antena 2, da Rádio Jornal de Setúbal, da Popular FM, do Diário da Região, da Gazeta Setubalense e das Farturas Rio Azul.

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