EB Bairro Afonso Costa cria ferramentas para integrar refugiados

"Vamos ajudar os Refugiados" é o nome do projeto de três turmas da EB Bairro Afonso Costa, pensado para ajudar na integração dos refugiados na comunidade, através da criação de várias ferramentas digitais, tais como jogos, aplicações móveis, vídeos, etc.

“A ideia surgiu da necessidade de contribuir, enquanto escola, para resolver o complexo e atual problema da integração dos refugiados na comunidade de acolhimento”, explicam os mentores do projeto.

“Em Setúbal e em certas escolas do nosso Agrupamento, temos vindo a assistir à integração de crianças refugiadas Iraquianas, cuja principal preocupação é o domínio da língua, para que possam interagir com os colegas, com os professores e com outros elementos da comunidade”, revelam os professores João Grácio, Ana Graça, Luís Santos e Cláudia Franco. Atentos a estas dificuldades, decidiram criar ferramentas para facilitar a compreensão do português, através de expressões ou frases-chave úteis no dia a dia, assim como da realidade envolvente e costumes, dando a conhecer os espaços e serviços disponíveis e a utilidade de cada um.

Em parceria com a Escola Superior de Educação de Setúbal, foram criadas duas aplicações gratuitas para telemóvel, disponíveis através do site http://ebafonsocosta.wixsite.com/site/refugiados. Uma dá a conhecer as instituições e os serviços existentes na comunidade (ex.: hospital, centro de saúde, junta de freguesia, supermercado, correios, polícia) e a outra demonstra como utilizar essas mesmas instituições, através da criação de cartões com imagens, frases em português e em árabe, de forma a quebrar a barreira linguística.

Além destas aplicações móveis, os alunos da EB Bairro Afonso Costa participaram na gravação de pequenos vídeos que simulam situações do quotidiano (ida ao supermercado, marcação de consulta do centro de saúde, etc.), com legendagem em árabe, para aprendizagem de expressões mais comuns e a sua utilização adequada. Os alunos criaram ainda alguns jogos pedagógicos, através de uma ferramenta de programação digital, onde são aplicados os conhecimentos adquiridos, tais como vocabulário; gastronomia tradicional portuguesa; números de telefone úteis; entre outros.

Além de ajudar a integrar os refugiados, este projeto, que recebeu, no início do ano, o Prémio Fundação Ilídio Pinho (14ª edição), pretende melhorar as competências tecnológicas dos alunos, utilizadas no processo de criação das ferramentas; sensibilizá-los para esta problemática e levá-los a conhecer melhor as culturas estrangeiras, através da realização de trabalhos de pesquisa sobre alguns países de onde são oriundos os refugiados.

Inicialmente pensado para ter impacto a nível local, o projeto “poderá facilmente ser alargado numa perspetiva nacional, uma vez que as ferramentas criadas são facilmente difundidas via internet, com custos mínimos, uma vez que a escola possui o hardware e software necessários, sendo que algum destes programas são gratuitos”, garantem os responsáveis.

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