Alunos da UNISETI visitam museu urbano da Bela Vista

O Núcleo Museológico Urbano (NMU) da Bela Vista recebeu, no dia 23 de novembro, a visita de mais de duas dezenas de alunos da UNISETI – Universidade Sénior de Setúbal, guiados pelo próprio presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião que fez questão de acompanhar a visita. 

Durante cerca de duas horas, o grupo de seniores, no qual se incluíram os professores Américo Pereira e Quaresma Rosa, das disciplinas de História Contemporânea/Pintura Contemporânea e “Conhecer Setúbal”, respetivamente, percorreram a pé as ruas e pátios dos bairros da Bela Vista e Forte da Bela Vista, para contemplar dezasseis peças escultóricas da autoria do artista João Limpinho. 

Antes de iniciar o percurso, Nuno Costa contextualizou a criação do NMU, inserida numa estratégia de requalificação urbana e de inclusão social do município de Setúbal. O autarca sublinhou a “íntima relação dos moradores no projeto”. Exemplo disso foi a participação ativa de alguns moradores no processo de execução das esculturas, no Parque Municipal de Poçoilos, além do “acolhimento permanente das opiniões e contributos” de todos os residentes. 

“Labirinto”, “Cadmo”, “Estendal”, “Asas”, “Radar”, “Casal Cigano” e “África”, foram as primeiras obras observadas, cada uma com a sua história, traduzindo, por um lado, a perceção do escultor e a sua relação com o bairro e, por outro, aquilo que os moradores, o artista e outras entidades esperam que a Bela Vista seja, no futuro. “Querem que seja um espaço de transformação e as obras que vamos encontrando transparecem essa perspetiva”, afirmou o presidente da Junta de Freguesia. 

Ao longo do percurso o eleito de São Sebastião foi dando algumas notas das profundas transformações que têm acontecido naquele território, no âmbito do projeto Nosso Bairro, Nossa Cidade, no qual tudo acontece “por decisão dos moradores e com o seu contributo para a concretização das ações”. Um dos exemplos apontados foi a criação de brigadas de higiene urbana, nas quais os próprios moradores limpam os pátios do bairro, num programa de voluntariado apoiado. 

“Globalmente está tudo muito limpo!”, exclamou Eugénia Rosa, uma das visitantes que, após 51 anos em França regressou agora a Setúbal, sua cidade natal. “Conheci este território não como um bairro, mas como Quinta da Bela Vista, onde nos vínhamos abastecer de água”, recorda a emigrante que se mostrou surpreendida com a transformação. “Já tinha ouvido falar coisas não muito positivas acerca do bairro e a minha primeira impressão é de que está muito bem estruturado e muito limpo, quase mais limpo que o centro da cidade”, manifestou, enaltecendo a “feliz ideia que os governantes da cidade tiveram em integrar estes bairros na cidade, como um todo, porque a cidade não é só o centro”. 

Também para Manuel Xavier, a residir em Setúbal há dois anos, a visita proporcionou uma visão diferente daquele bairro. “Conheci esta zona no passado e a ideia que tinha é que era um bairro muito conflituoso e sujo. Hoje verifiquei que os habitantes deste bairro resolveram tomar conta dele. Tornaram-se ciosos do seu território e tentam preservá-lo, defendê-lo e mantê-lo bonito, limpo e ordenado, como se vê”. Relativamente às obras de arte, o ex-bancário considerou que se “enquadram bem no espaço e demonstram muita imaginação”. 

“Sol e Lua”, “Abraço”, “Cinco Continentes”, “Despertar”, “Plano-Sequência”, “Metamorfose”, “Tampas de Caixas de Visita” e “Válvulas” foram as últimas peças contempladas. A visita, que terminou junto à 16ª peça, no interior da EB 2,3/Secundária da Bela Vista, incluiu ainda uma passagem pelo Centro de Interpretação do Núcleo Museológico, no polo da Biblioteca Municipal, onde, futuramente, se iniciarão as visitas ao NMU.

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