A ACCSet - Associação das Coletividades do Concelho de Setúbal comemorou quatro anos de atividade no passado dia 2 de agosto, data em que realizou uma cerimónia, na sua sede social, na qual fez um balanço da sua atividade e indicou objetivos para o futuro.

Fundada em 25 de julho de 2017, a ACCSet apresenta-se como uma organização descentralizada e autónoma da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto que tem levado a cabo algumas iniciativas em defesa do movimento associativo. A prestação de serviços às suas 50 associadas, nas instalações cedidas pelo município, nas áreas de aconselhamento em contabilidade, fiscalidade, apoio jurídico, bem como na formação dos dirigentes associativos, foram algumas das ações elencadas pelo presidente da direção daquela associação concelhia.

Durante a cerimónia, que teve lugar na sede da associação, sita no Mercado 2 de Abril, Nuno Soares fez um balanço positivo do trabalho efetuado e expressou a vontade de recandidatar a sua equipa ao próximo mandato (2020-2023). “Queremos que a ACCSet continue a ser uma mais valia para as associações, coletividades e clubes do concelho e para isso vamos apostar mais na formação dos dirigentes, na proximidade e na auscultação dos seus problemas, tentando, junto do poder local encontrar soluções, criando sinergias e aproveitando os recursos existentes”, concluiu Nuno Soares.

Em representação da Junta de Freguesia de S. Sebastião (JFSS), Luís Matos, membro do executivo, enalteceu a relevância do trabalho levado a cabo pela ACCSet no âmbito da formação dos dirigentes associativos de Setúbal, e, referindo a parceria existente entre a Junta de Freguesia e aquela associação, desde a sua génese, demonstrou mais uma vez a total disponibilidade da JFSS para continuar a apoiá-la, assim como a todo o movimento associativo da freguesia. Esse apoio, concretizado através de comparticipações financeiras, apoio logístico e de transporte, será, de acordo com Luís Matos, reforçado com comparticipações financeiras complementares, “considerando a atual conjuntura epidemiológica que estamos a viver e a evidente importância do apoio social realizado pelo movimento associativo”, informou.

Presente na cerimónia esteve também o vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal que felicitou a associação pelo seu trabalho, indicando-o como “responsável pelo fortalecimento do elo associativo”. Manuel Pisco salientou que as autarquias não são um poder local, mas sim “operadores locais”, em virtude de não serem responsáveis pela “criação das regras, nem pela distribuição de meios e recursos pelos diferentes setores”. Não obstante, referiu que as autarquias “devem exigir uma partilha de recursos do Estado que seja justa e necessária para reforço da atividade social com o associativismo”.

Por seu lado, Augusto Flor, presidente da Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto destacou o “enorme potencial” das autarquias e do movimento associativo que, em conjunto, têm “todas as condições para, a nível local, dar melhores condições de vida à população, podendo inclusive pressionar os poderes centrais, contribuindo para a resolução de problemas sentidos pela comunidade”. O dirigente associativo considerou que a ACCSet tem desempenhado bem o seu papel de “tornar o movimento associativo concelhio mais coeso, identificar os seus problemas e interagir com outros poderes – Estado central, autarquias, empresas, escolas e academias, comunicação social, etc.”.

No contexto da atual crise causada pela pandemia da doença Covid-19, o presidente da Confederação das Coletividades revelou que foram propostas ao Governo três medidas para apoiar o movimento associativo, nomeadamente: uma comparticipação financeira às pequenas e médias coletividades, concedida pelas câmaras municipais, sendo as autarquias posteriormente reembolsadas por via do Orçamento de Estado; acesso das coletividades a um processo de “lay-off”, com pagamento aos trabalhadores através do Orçamento de Estado, no que se refere à parte correspondente às coletividades; e ainda a criação de uma linha de financiamento sem juros.

A sessão solene, que decorreu com um número limitado de convidados e com transmissão em direto nas redes sociais, incluiu um momento musical com a apresentação do hino da ACCSet, criado por Bruno Frazão (letra), Manuel Saraiva (música) e Manuel Carlos Zorro (arranjos musicais) e interpretado ao vivo pela voz de Vanessa Mascarenhas. Seguiu-se o tradicional bolo de aniversário e um Moscatel de Honra.