Músicos de baile animam Auditório Bocage

Seis músicos da nossa cidade, presenças habituais em bailes e arraiais, atuaram na I Maratona Musical de S. Sebastião, que decorreu no domingo, dia 1 de agosto, no Auditório Bocage, numa organização da Junta de Freguesia de S. Sebastião e da Kool Produções.

Perante uma plateia com 95 espetadores, correspondente a metade da lotação do Auditório Bocage, os artistas André Patrão, Fátima Dias, Diogo Santos, Eurico André, João Tendeiro e Hélder Cardoso demonstraram os seus sentimentos de saudade, ânimo, gratidão e algum nervosismo por atuarem novamente num espetáculo musical, após cerca de ano e meio com escassa atividade.

Da parte do público, que pôde assistir gratuitamente ao evento, foram igualmente evidentes as saudades dos bailes e arraiais, que têm estado interditos devido à situação pandémica, aliadas a uma grande vontade de dançar, impulso controlado devido às regras da DGS que a organização da iniciativa fez cumprir integralmente. Apesar das restrições, não faltou a vontade de cantar e bater palmas ao som da música que fez todos vibrar de emoção.

“É um prazer muito grande poder acolher e patrocinar esta iniciativa”, começou por dizer uno Costa, presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, autarquia responsável pelo evento, em parceria com a Kool Produções. “Além de constituir um singelo apoio aos artistas locais, esta iniciativa pretende também ajudar a criar condições para resgatarmos a nossa liberdade e proporcionar-vos uma boa tarde musical, porque a cultura tem um papel preponderante nas nossas vidas!”, expressou o autarca que marcou presença no evento.

Considerando a importância destes espetáculos, Nuno Costa garantiu que “a Maratona Musical de S. Sebastião veio para ficar” e previu a organização de uma 2.ª edição para breve, novamente no Auditório Bocage, ou, preferencialmente, e se as normas o permitirem, ao ar livre.

Susana Martins, da Kool Produções, realçou “a importância da vossa presença e apoio” e agradeceu “à Junta de Freguesia de S. Sebastião que permitiu que fosse possível realizar este espetáculo, que contribui para apoiar os artistas da cidade”. No entanto, relembrou que “há muitos artistas que ainda não conseguiram regressar à sua atividade” e por isso “queremos que este evento tenha continuidade”.

Além do público presente na sala, a iniciativa, apresentada por Acácio José da Rádio Jornal de Setúbal e por Susana Martins, contou com mais de 6 mil visualizações, através da transmissão online em direto na página de Facebook do Som da Baixa que deu apoio técnico à emissão.

André Patrão foi o primeiro a subir ao palco, aquecendo os corações dos espetadores com música sertaneja e ritmos africanos, mas também com música portuguesa de artistas como Toy e Bandalusa. A última melodia, numa solicitação do coapresentador Acácio José, a dupla Susana (Martins) e André (Patrão) cantaram a sua versão de “Se você quer”, canção imortalizada por Roberto Carlos e Fafá de Belém.

O espetáculo prosseguiu com Fátima Dias, a única voz feminina do cartaz, que deu primazia à música popular portuguesa, com temas como “Dá-me um beijinho”, “Tá Bonito”, diversos fados e até o “hino” à terra sadina “Rio Azul”.

Seguiu-se no alinhamento o jovem setubalense Diogo Santos que, num tom mais romântico, cantou temas como “Essa mulher”, “Feitiço Cigano”, “Atrevida” e “Será que pensa em mim”.

Após duas horas e meia de Maratona Musical, coube a Eurico André animar o início da segunda metade do espetáculo, com um reportório marcado por canções que fizeram a audiência viajar até ao Brasil, passando por Moçambique, Cabo Verde e aterrando novamente em Portugal com um “Abraço a Setúbal” de António Severino.

A música popular portuguesa continuou com as teclas e voz de João Tendeiro que levaram o público a ensaiar uma pequena coreografia ao som de “Põe a mão na cabecinha”. “A Transmontana”, “Aldeia da Luz”, “Malmequer” e “Olhos Pretos” foram outras das melodias interpretadas pelo artista.

A encerrar a tarde musical, Hélder Cardoso pôs toda a gente com as mãos no ar com o “Ritmo do amor”. Para a despedida, tocou “Nasci p’ra Música”, de José Cid, fazendo votos de que “nos reencontremos, o mais depressa possível, nos bailaricos e arraiais”.

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