O Centro Cultural e de Solidariedade Social de Nossa Senhora da Conceição comemorou os seus 27 anos de atividade com uma sessão solene, na sua sede social, sita na Rua João Vaz, com dezenas de convidados e um apelo à participação dos mais jovens.
O esforço e dedicação dos dirigentes do Centro Cultural de Solidariedade Social N.ª Sr.ª da Conceição e o desinteresse dos jovens pela vida associativa daquela coletividade foram dois dos principais temas abordados pelos dirigentes associativos durante as celebrações, no passado dia 6 de abril.
“É cada vez mais difícil cativar membros para integrar os órgãos sociais”, constatou João Palongo, presidente da Mesa da Assembleia Geral, que abriu a cerimónia de aniversário. Igualmente preocupado com o futuro da associação, o presidente da direção do Centro, José Carlos Santos, admitiu que “tem sido difícil chamar os jovens para a coletividade” e deixou um apelo aos sócios e simpatizantes: “tragam os vossos netos, de vez em quando, para incentivá-los a frequentar esta casa e a participar na vida da associação, porque precisamos do apoio da juventude”.
O dirigente recordou os “sacrifícios de cada um de nós (direção) e das nossas famílias” para manter a coletividade ativa e sublinhou a necessidade de “dedicação e esforço de outras pessoas”. “Durante estes 27 anos temos sabido bater às portas e pedir apenas o que nos faz falta”, expressou José Carlos Santos, agradecendo os apoios prestados pela Junta de Freguesia de S. Sebastião e pela Câmara Municipal.
O presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião felicitou os órgãos sociais do Centro pelos seus “esforços, durante os últimos 27 anos, para chegar à população”. Considerando o relevante papel social da coletividade, onde “as pessoas encontram solidariedade, amizade, fraternidade”, o autarca reiterou o apoio da JFSS “para continuar este trabalho transformador da nossa sociedade, numa sociedade muito mais humana, fraterna e solidária”.
O papel social do Centro Cultural Nª Srª da Conceição foi igualmente valorizado pela vereadora Carla Guerreiro, para quem a instituição “tem uma importância inequívoca no seio deste bairro e desta comunidade”, mantendo uma “função social de convívio”.
A cerimónia foi animada pela atuação do Grupo de Cantares Populares do Projeto Sénior Tradições da Junta de Freguesia de S. Sebastião, que apresentou um excerto do alinhamento do espetáulo musical “Melodias de Sempre”, que presta homenagem à música popular portuguesa. “A agulha e o dedal” e “Ai Agostinho, ai Agostinha”, foram apenas dois dos temas cantados, a par de um hino dedicado a Setúbal, com letra original de Cidália Brito, uma das partipantes no Grupo; o “Rio Azul” de Mário Regalado e a Marcha da Freguesia de S. Sebastião.
“Este grupo insere-se num projeto que visa facilitar o acesso dos seniores a atividades que lhes tragam mais qualidade de vida na terceira fase da sua vida, promovendo o envelhecimento ativo”, explicou o presidente da JFSS. Nuno Costa adiantou que o executivo pretende alargar, aprofundar e intensificar o projeto sénior, “com mais atividades e mais voluntários”. “Vamos reformulá-lo, para que tenha ainda mais contundência junto da comunidade”, concluiu o autarca.
“Se não estivessem integrados no Projeto Tradições, provavelmente estariam hoje sozinhos em casa”, expressou Carla Guerreiro, referindo-se àquele grupo sénior como um exemplo de que temos sempre muito para ensinar e para aprender, independentemente da nossa idade e da nossa condição”.
A cerimónia, onde estiveram presentes representantes da Federação das Coletividades do Distrito de Setúbal, do Núcleo Recreativo e Desportivo Ídolos da Praça, da Sociedade Musical Recreativa União Setubalense e do Núcleo dos Amigos do Bairro Santos Nicolau, serviu ainda para homenagear, com o emblema de Prata, os três sócios que completaram 25 anos de associados.
