Crianças de S. Sebastião aprendem tradições e artes marítimas

Mais de duzentos alunos de escolas básicas da freguesia de S. Sebastião participaram em oficinas ambientais e de tradições marítimas que decorreram entre os dias 27 e 31 de maio, no Parque Urbano de Albarquel, integradas na Semana do Mar e do Pescador que termina amanhã.

Uma demonstração de arte xávega foi uma das atividades que mais entusiasmou as crianças durante as oficinas de tradições marítimas. Após aprenderem um pouco sobre a arte de tecer redes de pesca, os mais novos foram convidados a ajudar os pescadores a puxar uma rede de cerco, lançada na zona ribeirinha, mesmo junto ao Parque Urbano de Albarquel, e que, para grande satisfação dos petizes trouxe alguns peixes, chocos e até estrelas do mar, que foram de seguida devolvidos ao rio.

Os passeios de botes a remos e as aulas de canoagem foram outras das atividades mais apreciadas pelos alunos do 1º, 2º e 3º anos do ensino básico, das escolas EB1/JI Bela Vista e EB1 Nº 7 Fonte do Lavra, ambas do Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’Iago. Para Catarina Soares, professora de duas turmas da Escola Fonte do Lavra, acredita que estas oportunidades devem ser aproveitadas pelos docentes para proporcionarem aos alunos “novas atividades ao ar livre, dando-lhes também a conhecer locais diferentes”. De facto, muitos dos participantes nunca tinham estado naquela zona da cidade, e alguns até nunca tinham estado numa praia. Por outro lado, “também é importante que conheçam as tradições e a cultura da nossa cidade”, reconheceu a professora.

Os alunos visitaram a Mostra de Tradições Marítimas, dedicada a exposições de canas artísticas, apetrechos de pesca, trabalhos das ecoescolas, artesanato do mar e artefactos relacionados com os círios marítimos. Durante a visita as crianças tiveram a oportunidade de interagir com os artesãos que explicaram a sua arte e contaram algumas curiosidade e histórias relacionadas com as suas peças.

Telas pintadas a óleo, aguarela e acrílico com motivos marítimos; Miniaturas de barcos, aves e até estádios de futebol no interior de garrafas de vidro e lâmpadas; Reprodução de embarcações de pesca manufaturadas à escala; Canas de pesca personalizadas, peças escultóricas elaboradas com desperdícios e ainda bijuteria e artesanato produzido com materiais reutilizados, foram alguns dos objetos contemplados.

Ainda no âmbito da mostra, um formador da FOR-MAR, Centro de Formação Profissional das Pescas e do Mar, demonstrou às crianças algumas manobras de socorro e reanimação.

Na oficina ambiental, dinamizada pela bióloga marinha Sílvia Tavares, da Ocean Alive, falou sobre o “superpoder” das ervas marinhas que “agarraram o dióxido de carbono nas suas raízes e armazenam-no durante mais de mil anos!”. A cientista explicou que a acumulação do dióxido de carbono na atmosfera é comparável a “um cobertor que cobre o nosso planeta provocando o seu sobreaquecimento”, sendo que esse aumento de temperatura tem efeitos devastadores sobre algumas criaturas marinhas, que correm risco de extinção.

Alertadas igualmente para algumas práticas potencialmente nocivas para a biodiversidade do Sado, as crianças foram incentivadas a escrever mensagens de alerta para salvar as ervas marinhas que vivem na nossa costa e que providenciam abrigo, alimento e berço a uma grande diversidade de vida marinha.

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