À semelhança do ano passado, a Junta de Freguesia de S. Sebastião (JFSS), em parceria com a Liga Portuguesa Contra o Cancro, proporcionou uma sessão de educação para a saúde, com o objetivo de alertar e sensibilizar os trabalhadores do setor operacional para os malefícios da exposição solar e fornecer-lhes informação sobre os hábitos a adotar para prevenirem o cancro de pele.
A ação, inserida num conjunto mais amplo de cuidados que a autarquia tem no âmbito da promoção da higiene, segurança e saúde no trabalho, realizou-se no passado dia 18 de julho, no auditório da JFSS, com a participação de mais de trinta trabalhadores.
“O objetivo é alertar-vos para um tema que vos é particularmente caro, tendo em conta as vossas funções e a exposição diária que têm ao sol e os malefícios que daí podem advir”, explicou Ana Bordeira, vogal do executivo, considerando que “nunca é demais falar sobre estes temas” e que a iniciativa pode ser “uma mais valia para saúde e bem estar dos trabalhadores”.
Dinamizada pela voluntária Alice Ruivo, do GASET - Grupo de Apoio de Setúbal da Liga Portuguesa Contra o Cancro, a sessão permitiu clarificar alguns conceitos, esclarecer dúvidas e, principalmente, informar os participantes sobre as medidas que devem implementar para equilibrar a necessidade de exposição solar, benéfica para o nosso organismo, com os riscos do excesso dessa exposição, que pode provocar cancro de pele.
Desde logo deve-se evitar, quando possível, o horário entre as 12 e as 16 horas, em que os raios ultravioleta (UV) são mais prejudiciais. No entanto, se tal não for possível, é importante usar um vestuário adequado: mangas compridas, calças de cores escuras e tecidos de algodão. Apesar da roupa escura ser mais quente, sabe-se atualmente que filtra mais os raios UV, protegendo melhor a pele. Chapéus de abas e óculos escuros devem complementar a indumentária de trabalho.
Embora haja vários fatores de risco relacionados com o mapa genético de cada um, o cancro de pele é provocado maioritariamente por fatores comportamentais, associados à ausência de proteção à radiação UV, que origina queimaduras solares. “A nossa pele tem memória de todos os escaldões que apanhámos”, revela a profissional de saúde responsável pela sessão.
Alice Ruivo alertou para o perigo da radiação UV que “não se sente”. De facto, apenas somos capazes de sentir os raios infravermelhos, responsáveis pela sensação de calor. Por isso é que nos dias de vento e céu nublado continua a ser importante a proteção solar. “As nuvens e o vento têm pouco efeito sobre os UV, mas dão uma falsa sensação de segurança”, por isso devemos aprender a proteger-nos.
A prevenção passa também pelo autoexame aos sinais da nossa pele, para verificar eventuais alterações, tendo como base a regra ABCDE: Assimetria, Bordos irregulares, Cor, Diâmetro, Evolução.
No final da sessão, à semelhança do ano passado, os membros do executivo Ana Bordeira e Isabel Quadros distribuíram um protetor solar de largo espetro (proteção contra raios UVA e UVB) e um boné a todos os participantes, uma espécie de incentivo para a adoção de hábitos de proteção solar mais seguros e conscientes.
De referir que o GASET, a funcionar na rua Gama Braga, no bairro Salgado, entre as 9h30-13h00 e as 14h00-17h30, desenvolve várias atividades gratuitas de apoio a doentes oncológicos tais como psico-oncologia, fisioterapia, apoio social e jurídico, além de várias atividades lúdicas. Para mais informações pode contactar os voluntários através dos contactos 912 005 109 / 300 506 105 / Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar..