O executivo da Junta de Freguesia de S. Sebastião solidariza-se para com a luta dos estivadores precários do Porto e Setúbal que reivindicam um contrato de trabalho coletivo que garanta um vínculo laboral permanente, com condições de trabalho dignas. Em solidariedade para com os estivadores, a cumprir uma paralisação de protesto desde o dia 5 de novembro, o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião esteve presente numa concentração de trabalhadores que decorreu no dia 22, junto ao portão de embarque do Porto de Setúbal.

No local, Nuno Costa presenciou a chegada de um autocarro com trabalhadores substitutos, recrutados - pela mesma empresa portuária que mantém na precariedade 150 estivadores -, para carregar um navio com viaturas produzidas na Autoeuropa, e a reação dos grevistas que, apesar do forte dispositivo policial, bloquearam, por algumas horas e sem recurso a violência, a passagem dos seus substitutos.

O autarca manteve-se ao lado dos estivadores e transmitiu-lhes que a Junta de Freguesia de S. Sebastião apoia a sua luta, considerando “inaceitável que, em pleno século XXI, existam cidadãos a trabalhar com contratos diários, sem qualquer vínculo efetivo às empresas que os contratam e descartam sucessivamente, negando-lhes o usufruto de direitos fundamentais como a proteção social em caso de desemprego involuntário, proteção na parentalidade, descanso semanal, gozo de um período de férias remuneradas, entre outros tantos, que condicionam as suas vidas”.

A sociedade civil não pode permitir que estes cerca de 150 trabalhadores (e outros em situação semelhante), que representam 90 por cento dos estivadores a laborar no Porto de Setúbal, continuem a viver nesta situação intolerável de incerteza laboral, sem saber se serão contratados no dia seguinte, a trabalhar em condições extremas, chegando a cumprir 40 turnos mensais.

No entender da Junta de Freguesia, este cenário de precariedade, que se prolonga há mais de duas décadas, “é uma questão que deve merecer a mobilização solidária de todos os segmentos da sociedade para que, juntos, possamos pressionar as entidades competentes a resolver o problema destes trabalhadores e das suas famílias que merecem dignidade e respeito!”, expressa o presidente da autarquia.

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