Autarcas enaltecem papel do movimento associativo na comunidade

Os presidentes das cinco juntas de freguesia do concelho de Setúbal falaram sobre o trabalho desenvolvido com o movimento associativo durante o Encontro do Movimento Associativo do Concelho de Setúbal que decorreu no dia 7 de maio, no Fórum Municipal Luísa Todi.

“O Movimento Associativo e a Coesão Territorial” foi o tema da conversa, moderada por Francisco Rito, diretor do jornal “O Setubalense”, na qual participaram os autarcas de freguesia, no âmbito do Encontro do Movimento Associativo do Concelho de Setúbal, evento organizado pela Câmara Municipal em parceria com as juntas de freguesia.

O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião enalteceu o movimento associativo que “é o nosso principal parceiro, porque partilhamos o mesmo objetivo de construir uma freguesia justa, solidária e humanizada”. Nuno Costa sublinhou que as associações e coletividades “promovem uma transformação profunda da sociedade” e “têm um papel social insubstituível no território”.

Considerou também que “têm o mérito de permitir que o cidadão comum possa, não só consumir produtos culturais de qualidade, mas também participar na produção desses eventos” e sublinhou ainda o contributo do movimento associativo “para o aprofundamento da democracia”.

O Regulamento de Apoio ao Movimento Associativo, criado pela Junta de Freguesia de São Sebastião em 2021, define linhas específicas de financiamento para determinadas necessidades, como por exemplo, a modernização associativa e a requalificação de infraestruturas, havendo ainda lugar a bonificações caso sejam integrados nas atividades pelo menos 20 por cento de atletas do género menos representado e pessoas portadoras de deficiência. Este ano, o apoio financeiro foi alargado até aos 65 mil euros, verba à qual acrescem ainda 50 mil euros suplementares para apoio excecional às famílias, que irá abranger algum movimento associativo com trabalho na área social.

“Tem havido um trabalho diário de grande proximidade que tem contribuído para um movimento associativo rejuvenescido e fulgurante, que se tem regenerado”, afirmou Nuno Costa.

Já a presidente da Junta de Freguesia de Azeitão, Sónia Paulo, salientou a necessidade de “dar mais espaço aos jovens para tornar o movimento associativo mais rico. É preciso integrá-los, ouvi-los, acolher as suas ideias e dar-lhes formação”. A autarca frisou que “as juntas de freguesia estão ao lado das coletividades na promoção da coesão territorial, potenciando a atividade cultural, desportiva e social”.

“É gratificante saber que o apoio que damos contribui para a oferta que existe na freguesia”, manifestou Marlene Caetano, presidente da Junta do Sado, revelando que a autarquia tem apoiado as coletividades e associações a retomarem a atividade normal após a pandemia. O movimento associativo do Sado “tem características distintas, designadamente na etnografia”, devido à existência de dois ranchos folclóricos que “desenvolvem um trabalho extremamente importante na divulgação da cultura da freguesia”.

Luís Custódio, presidente da Junta de Freguesia de Gâmbia-Pontes-Alto da Guerra, salientou a necessidade de “estarmos todos em sintonia, câmara municipal, juntas de freguesia e movimento associativo, pois só assim se pode trabalhar em conjunto, melhorar e ir mais além”. A junta de freguesia estabelece protocolos de colaboração com o movimento associativo desde 2010 no âmbito dos quais são atribuídos apoio financeiro, logístico, técnico e cedência de materiais. “Estamos aqui para, em conjunto com as coletividades e a câmara municipal, levarmos sempre para a frente as iniciativas das coletividades, mesmo que não constem do plano de atividades”, afirmou o autarca.

Por seu lado, o presidente da União das Freguesias de Setúbal, Rui Canas, destacou o papel do poder local não só no apoio financeiro, mas também no encaminhamento para “encontrar soluções e dar alento”. Considerando o movimento associativo como “um parceiro estratégico na promoção da coesão social”, o autarca destacou a relevância das comissões e associações de moradores que “são uma força viva nos seus bairros e são porta-voz dos problemas que assolam os residentes”.

No encontro, que incluiu a intervenção do presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, e uma apresentação do trabalho realizado pela autarquia em parceria com as associações e coletividades do concelho, foram exibidos como casos de estudo no âmbito do movimento associativo desportivo, os exemplos do São Domingos Futebol Clube, Clube de Vela do Sado e Scalipus Clube de Setúbal. Já no campo do movimento associativo cultural foram apresentados os casos da Associação Setúbal Voz, Sociedade Musical Capricho Setubalense e Sociedade Filarmónica Perpétua Azeitonense.

Promovendo uma reflexão sobre “O Movimento Associativo de Abril – Práticas e Dinâmicas Associativas no Século XXI”, a iniciativa contou com a intervenção do presidente da CPCCRD – Confederação Portuguesa das Coletividades de Cultura, Recreio e Desporto, João Bernardino, que sublinhou a importância da parceria com as autarquias para manter vivo o movimento associativo.

O programa do encontro inclui também um painel sobre “O associativismo popular no século XXI. Oportunidades e Ameaças”, apresentado pelo diretor do Departamento Municipal de Cultura, Desporto, Direitos Sociais, Saúde e Juventude, Luís Liberato, e com a intervenção do dirigente da CPCCRD Sérgio Pratas.

O evento, muito participado, reuniu um conjunto de oradores e de dirigentes associativos para debater, refletir e partilhar experiências sobre os mais variados temas em torno das “Dinâmicas Associativas no século XXI”.

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