A Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Setúbal (ADBSS) assinalou o seu 43.º aniversário no dia 28 de outubro, com uma sessão solene no Auditório Bocage, na qual homenagearam dadores e associados.
Durante a cerimónia, o presidente da direção da ADBSS, Hermenegildo Alves, enalteceu a atividade da associação que “ajuda a salvar a vida a milhares de doentes que diariamente precisam de sangue”, agradeceu aos dadores de sangue e apelou à solidariedade de todos para que contribuam com a sua dádiva. O responsável agradeceu também aos parceiros da associação, entre os quais a Junta de Freguesia de S. Sebastião, a União das Freguesias, a Fundação Inatel, o Instituto Politécnico de Setúbal, o IEFP, entre outros.
Após entregar uma lembrança pelo 43.º aniversário, Luís de Matos, em representação do executivo da Junta de Freguesia de S. Sebastião, felicitou a ADBSS e apelou igualmente ao espírito de altruísmo, solidariedade e cooperação dos cidadãos, recordando a necessidade de reforçar as reservas de sangue nos hospitais e de cativar a participação dos jovens para as dádivas regulares.
Por seu lado, o presidente da Câmara Municipal de Setúbal agradeceu o trabalho solidário realizado pela ADBSS e a todos os generosos dadores que garantem “que nunca falte sangue para salvar vidas e ajudar na qualidade de vida de outros”. André Martins manifestou ainda a disponibilidade do Município para ajudar a associação “no que estiver ao nosso alcance”, em prol de uma “comunidade mais saudável e solidária”.
O envelhecimento da população é, de acordo com a presidente do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST), um dos grandes desafios da dádiva de sangue, uma vez que só podem ser dadores os indivíduos entre os 18 e os 65 anos. Maria Antónia Lopes salientou ainda a dificuldade em manter pessoas com idades compreendidas entre os 24 e os 45 anos como dadores regulares, muito devido à emigração da população ativa.
Recordando a importância da ADBSS e de associações congéneres por todo o país, que permitem ao IPST recolher 300 mil dádivas por ano e enviá-las para os hospitais, que necessitam de cerca de mil unidades de sangue todos os dias, a presidente da instituição louvou o “altruísmo da população portuguesa” que “mesmo perante o medo do desconhecido e a incerteza, saíram de casa para dar sangue”, recordou, indicando que em 2020 as dádivas reduziram apenas 7 por cento, “muito menos que na maioria dos países da União Europeia”.
No mesmo sentido, o presidente da ADBSS, revelou que, apesar dos contratempos, a associação aumentou em 35 por cento o número de dadores inscritos relativamente ao ano passado. Hermenegildo Alves adiantou também que apresentou uma proposta ao IPST para que, aproveitando a dinâmica da vacinação, houvesse, através do Serviço Nacional de Saúde “uma uniformização de todas as bases de dados de entidades com colheita de sangue”, promovendo a eficácia na troca e registo de informações.
Em nome da Diocese de Setúbal, o Padre Luís Ferreira manifestou gratidão a todos dadores de sangue que “de forma anónima dão um pouco de si para salvar os outros” e fez votos de que a Associação de Dadores Benévolos de Sangue de Setúbal continue o seu trabalho solidário.
A sessão solene, que terminou com um Moscatel de Honra, incluiu o reconhecimento público aos dadores de sangue que atingiram 10, 20 e 40 dádivas, com a atribuição de diplomas e medalhas, assim como a atribuição de emblemas aos que completaram 25 anos de associados.