O Miradouro de S. Sebastião acolheu, a 14 de agosto, a última noite de fados na freguesia de S. Sebastião, no âmbito do programa cultural “Fado em Setúbal”, organizado pelo município, em parceria com a Junta de Freguesia de S. Sebastião.
Ponto de atração turística, que oferece uma excelente vista para a Baía de Setúbal, inserido no histórico bairro de São Domingos, o Miradouro de S. Sebastião foi o local eleito para encerrar, com chave de ouro, o programa de noites fadistas na freguesia de S. Sebastião.
“Foi aqui que nasceu a freguesia”, recordou o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião no prelúdio do espetáculo, expressando que o berço da freguesia de S. Sebastião “proporciona sempre uma noite emblemática”.
Nuno Costa enalteceu o projeto municipal “Fado em Setúbal”, criado em parceria com as juntas de freguesia do concelho, que durante os últimos sete anos, a par de outros projetos semelhantes, “tem permitido descentralizar a cultura e levá-la ao encontro da população”.
O autarca, demonstrando vontade de que o programa tenha continuidade, aproveitou para agradecer à Câmara Municipal de Setúbal, aos artistas, aos trabalhadores da Junta de Freguesia de S. Sebastião, assim como aos profissionais responsáveis pelo som nos espetáculos. “Desejo-vos uma boa noite na companhia destes grandes artistas da nossa cidade”, concluiu, dirigindo-se ao público, antes de passar o protagonismo aos músicos Custódio Magalhães (guitarra portuguesa) e Vítor Pereira (viola de fado) que tocaram o instrumental de “Rio Azul” tema de Mário Regalado e Laureano Rocha.
Num espetáculo memorável e muito participado, os fadistas Sara Margarida, Ramiro Costa e Deolinda de Jesus interpretaram a canção da saudade, que se fez ouvir por todo o bairro de S. Domingos. “Tudo isto é Fado”, “Só à noitinha”, “Louco de saudade”, “O que sobrou da Mouraria”, “Acordem as guitarras” e “A Rua mais lisboeta” foram alguns dos fados interpretados que arrancaram muitas palmas e entusiasmo da plateia, composta por setubalenses, mas também por alguns turistas, emigrantes e imigrantes que, mesmo sem compreender a língua se emocionaram com o reportório.