O União Futebol Comércio e Indústria comemorou 102 anos de existência, no passado dia 28 de junho, mostrando orgulho e satisfação pela recuperação da notoriedade do emblema alvinegro, que nos últimos dois anos sofreu uma reformulação e modernização, não só a nível administrativo e infraestrutural, como também a nível desportivo.
Associados, atletas, dirigentes e amigos do União Futebol Comércio e Indústria (UFCI) celebraram o 102º aniversário do clube com uma gala onde se incluíram a entrega de prémios, homenagens, espetáculo musical e jantar comemorativo, para o qual convidaram diversas entidades, entre as quais o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião (JFSS).
O autarca endereçou palavras de reconhecimento ao clube, aos seus técnicos e atletas pelo mérito e resultados desportivos alcançados nesta época, nomeadamente pela subida do UFCI à 1ª Divisão Distrital da Associação de Futebol de Setúbal (AFS). Nuno Costa agradeceu também o trabalho realizado em prol da coesão social e na formação dos jovens, não só a nível desportivo, mas também “na sua formação para a cidadania”.
Durante a sua intervenção, o presidente da JFSS felicitou a direção daquela instituição centenária, eleita há pouco mais de 2 anos, pela sua “tenacidade e capacidade de recuperar um símbolo desta freguesia e da cidade de Setúbal, mantendo o mesmo espírito e valores que estiveram presentes na sua origem: um clube para todos, com muito dinamismo e pujança”. O autarca de S. Sebastião expressou ainda o seu apreço pelo esforço da atual direção na requalificação das instalações da coletividade, algo que considera “muito positivo, também do ponto de vista da freguesia, que fica mais rica por ter um espaço desta natureza requalificado”.
Nuno Costa concluiu, reiterando o apoio da autarquia que lidera, tanto no apoio logístico prestado ao longo do ano, como na cedência do autocarro da JFSS que está ao serviço do movimento associativo, facilitando as deslocações dos atletas. Os contratos programa são ainda outra das formas que possibilitam o apoio financeiro às coletividades, “instrumento que tem beneficiado o UFCI nos últimos anos e que pretendemos continuar a firmar com este clube”.
Por seu lado, o atual presidente da direção do UFCI elencou as conquistas da direção que encontrou o clube “afundado em dívidas” e “sem perspetivas de futuro”. A ampliação do número de atletas inscritos na AFS (de 70 para 214); a reformulação da estrutura administrativa; a implementação de um sistema informático de gestão de tesouraria; a reformulação do posto médico e a aquisição de um Desfibrilador Automático Externo, foram algumas das grandes mudanças executadas desde 2017.
A certificação do clube como entidade formadora de 3 estrelas foi outra das realizações recentes do Comércio e Indústria, “o que muito nos orgulha”, expressou Luís Lança, garantindo que essa distinção, por parte da Federação Portuguesa de Futebol, resulta, sobretudo, da “persistência, teimosia e muito trabalho do meu colega de direção João Cacela”, chefe do departamento de Futebol do clube. O grande objetivo inerente à conquista deste certificado é transformar o UFCI “num polo de atração dos jovens da cidade e num centro de excelência nos métodos e nos objetivos traçados para o futuro”, no âmbito do futebol de formação.
Embora satisfeito com o caminho trilhado que projeta “as bases para que o futuro do UFCI seja risonho”, Luís Lança revela que o clube “ainda está numa situação financeira delicada” e que precisa do apoio de todos. Nesse sentido, apelou a que os amigos e simpatizantes do clube se tornem sócios, “para poderem criticar quando tiverem que criticar, mas também para ajudar o UFCI a ser um clube cada dia mais forte, com perspetivas de um futuro risonho”.
Após os apelos, houve alguns agradecimentos, nomeadamente à Câmara Municipal de Setúbal e à Junta de Freguesia de S. Sebastião, na pessoa do presidente Nuno Costa, que “desde a primeira hora esteve do nosso lado e dentro das possibilidades da JFSS sempre mostrou disponibilidade para nos ajudar”.
O presidente da Assembleia Geral, e simultaneamente presidente da comissão de aniversário, despediu-se desta última função “com um sentimento de dever cumprido e de amizade, assente nas dificuldades, nas soluções encontradas bem como nos episódios de alegria interpretados em espírito de missão”. Vítor Augusto demonstrou a sua confiança de que o Comércio e Indústria permanece firme na “teimosa vontade de continuar a respirar os valores do desporto e da cidadania. Se nos orgulhamos é porque existimos. Se existimos é porque temos uma missão. Sempre unionistas e alvinegros. Desde 1917 rumo ao futuro”, concluiu o dirigente associativo.
