Os executivos da Junta de Freguesia de São Sebastião e da Câmara Municipal de Setúbal promoveram, no passado dia 17 de janeiro, no auditório da Escola Básica Luísa Todi, um encontro para auscultar os moradores do bairro de Vale do Cobro sobre questões de interesse local.

À semelhança do que tem acontecido noutras zonas da freguesia e do concelho, realizou-se um encontro entre o presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, membros do executivo da Câmara Municipal de Setúbal e moradores de Vale do Cobro com o objetivo de ouvir a população residente e recolher os seus contributos para a melhoria da qualidade de vida no bairro.

Durante a sessão, incluída no programa municipal “Ouvir a População, Construir o Futuro” e aberta à participação de todos os interessados, os moradores participantes demonstraram algumas preocupações relativas, por exemplo, à iluminação pública, à recolha de resíduos e limpeza do espaço público, corte de ervas e manutenção de espaços verdes, entre outras.

Sobre a questão da iluminação pública, a vice-presidente da Câmara Municipal, Carla Guerreiro, afirmou que o concelho regista “uma grande transformação de alteração de iluminação pública para LED”, que envolve “mais de 10 mil luminárias”.

No que concerne à extirpação de ervas infestantes, o presidente da Junta de Freguesia salientou que existe um esforço contínuo por parte do setor operacional para controlar de forma eficaz a proliferação de vegetação espontânea em meio urbano.

O procedimento passa pela aplicação controlada, por trabalhadores habilitados, de produtos fitofarmacêuticos compatíveis com o meio ambiente e devidamente autorizados para utilização em zonas urbanas, zonas de lazer e vias de comunicação. Cerca de 15 dias após a pulverização dos herbicidas, as equipas de limpeza e higiene urbana regressam aos locais para proceder ao corte das ervas, mantendo assim a área urbana livre de infestantes.

A segurança rodoviária na av. das Descobertas foi outra das questões abordadas pelos residentes que se queixam do excesso de velocidade de circulação dos automóveis. Sobre esta matéria, a vereadora da Câmara Municipal, Rita Carvalho, revelou que está a ser estudada uma forma de provocar o abrandamento da marcha automóvel naquela artéria, seja através de redutores de velocidade, seja através do estreitamento da via de circulação.

O presidente da Junta de Freguesia de São Sebastião afirmou que o mote para a reunião foi a relocalização e desmontagem de um parque infantil em 2019/2020 pela Câmara Municipal, “também na altura com o contributo dos moradores”, e que acabou por ser eliminado há cerca de três meses, uma decisão que foi bem aceite pelos moradores, dado o historial de mau uso e vandalismo.

A vereadora Rita Carvalho recordou que, além de “má prática de uso”, após as duas últimas reparações verificou-se que o equipamento era de imediato alvo de “atos de vandalismo”, pelo que foi decidido retirá-lo e realizar uma reunião com a população para recolher contributos sobre uma eventual relocalização e o que fazer naquele espaço.

O vereador da Câmara Municipal, Carlos Rabaçal, defendeu a criação de “uma rede de moradores organizados nas urbanizações do concelho”, para que seja possível fazer um “trabalho de grande proximidade” com as populações. “A única forma de resolver os problemas é criar uma vida comunitária mais próxima”, concluiu.

A sugestão foi bem acolhida pelos participantes que se voluntariaram para constituir um grupo de trabalho a fim de discutir e aprofundar ideias diretamente com as autarquias, no sentido de analisar as problemáticas e encontrar as soluções mais ajustadas à vivência no bairro, indo ao encontro da vontade da população.

O programa “Ouvir a População, Construir o Futuro” destina-se a aproximar a gestão autárquica da população do concelho, que tem, assim, oportunidade de apresentar diretamente aos eleitos assuntos que consideram de interesse sobre os locais onde vivem ou trabalham. Este projeto, inédito a nível nacional, leva os executivos da Câmara Municipal e das Juntas de Freguesia a avaliar, em cada bairro, em cada rua, as necessidades sentidas pela população.